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Em mais uma reviravolta no torneio UEFA Europa League, a UEFA iniciou investigação após o clube francês Olympique Lyonnais ter escalado o jogador Rachid Ghezzal — de 33 anos — numa vitória por 1 × 0 sobre o FC Utrecht, mesmo sem que ele estivesse devidamente inscrito nas listas da competição. Talksport
Detalhes do caso
No jogo de abertura da fase de grupos, Ghezzal entrou em campo e inclusive fez assistência para o gol da vitória. A controvérsia está no fato de que ele foi contratado em 5 de setembro — ou seja, após o prazo de inscrição do clube para a lista A da competição (02 de setembro). Talksport
Além disso, ele não poderia estar na lista B (destinada a jogadores nascidos em ou após janeiro de 2004). Sendo assim, enquadrou-se em situação irregular segundo o regulamento da UEFA. Talksport
Como resultado dessa falha, o FC Utrecht apresentou queixa formal. Em resposta, a UEFA determinou a suspensão de Ghezzal da participação na Europa League até o próximo período de inscrições em janeiro. Talksport
Importante destacar: segundo fontes, o erro pode não ser totalmente do clube — há indícios de que a própria UEFA teria aceitado previamente a inscrição do atleta e validado sua participação, o que complica a atribuição de culpa. Talksport
Consequências esportivas e jurídicas
- O Lyon corre risco de sanção oficial, ainda que a liga francesa e a UEFA avaliem se o erro foi completamente do clube ou se a entidade reguladora falhou em seus processos.
- A suspensão do atleta impacta o desempenho imediato da equipe, que havia contado com sua participação no resultado.
- O caso reforça a necessidade de compliance e rigor regulatório nas competições europeias — clubes que falharem nisso podem enfrentar não só penalidades esportivas, mas também reputacionais.
Impacto para o futebol internacional e para o Brasil
Apesar de ser uma questão ocorrida na Europa, há lições que reverberam globalmente, inclusive para clubes brasileiros que aspiram torneios internacionais:
- A importância de respeitar prazos de inscrição, regulamentos e transparência documental.
- A visibilidade de tais casos torna-se mídia internacional, o que pode gerar impactos para patrocinadores, imagem institucional e confiança de investidores.
- Para torcedores, o caso serve como lembrete de que além dos gols e das glórias, existem bastidores de regras que moldam os resultados.
O que podemos aprender
- Clubes devem ter departamentos jurídicos e de regulamento competentes e atualizados: a complexidade das competições europeias exige isso.
- A entidade reguladora (UEFA) também está sob escrutínio: falhas de protocolo ou de fiscalização são vistas com severidade.
- Para o fã de futebol: entender que futebol não é só dentro das quatro linhas — tem uma “lei do jogo” estrutural que impacta até quem faz o gol.
Conclusão
O episódio envolvendo Rachid Ghezzal e o Olympique Lyonnais na Europa League destaca como a má gestão regulatória pode interferir no resultado das partidas, gerar complicações para clubes e manchar reputações. No panorama internacional, reforça a necessidade de transparência e competência administrativa. Para o torcedor brasileiro, é uma oportunidade de aprofundar o entendimento sobre o funcionamento dos torneios de elite da Europa — e perceber que as vitórias por vezes dependem tanto do regulamento quanto do talento em campo.





